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Brasil

Prezadas comunidades de Mariana e ao longo do Rio Doce Nós / Un mensaje de solidaridad al Mariana , Brasil

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A Rede Sim à Vida, Não à Mineração (Yes to Life, No to Mining) e nossos amigos, escrevemos de Paris, na França. Somos uma rede global de solidariedade formada por comunidades e grupos que desejam dizer não à mineração, inspirada pelo envio de cartas de solidariedade entre comunidades que resistem à atividade mineradora. Nós nos reunimos na COP-21, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, para dizer ao mundo e aos líderes mundiais que não queremos mineração nos nossos territórios e que, se queremos prevenir uma catástrofe climáticas, precisamos parar de destruir o planeta para explorar minerais, metais e combustíveis fósseis.

Estamos chocados e lamentamos profundamente o recente desastre em Mariana, em que o rompimento da barragem de Fundão liberou entre 40 e 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos minerais, catastroficamente matando dezenas de pessoas, inundando áreas de cultivo, comunidades e todo o curso que o Rio Doce tinha adiante. Nesta carta queremos expressar nossa solidariedade, porque nos sentimos identificados com sua situação.

As autoridades brasileiras têm admitido que suas comunidades a de todas as vidas ao longo do Rio Doce são vítimas da maior tragédia da história do país. Nós sabemos que a falta de transparencia na investigação sobre as causas do acidente que vocês sofreram torna a situação ainda mais dolorosa, assim como a incerteza sobre como as empresas envolvidas – BHP Billiton e Vale –vão usar os lucros da atividade mineradora para restauras as comunidades, as terras e os cursos d’água. Conforme testemunhamos a poluição carregada pelo Rio Doce alcançar e se espalhar pelo Oceano Atlântico, pudemos ver fisicamente como os impactos do desastre se expandem do nível local para o global. Sob esse mesmo padrão, a atividade mineradora causa e amplia as consquências das mudanças climáticas pelo mundo.

A destruição dos ecossistemas, de terras férteis e sistemas hídricos desloca comunidades e reduz sua resiliência e habilidade para se adaptar às mudanças climáticas. A extração na indústria mineradora e o consumo de combustíveis fósseis também contribuem massivamente para as mudanças climáticas, enquanto o desvio de energia elétrica para as empresas mineradoras nega às pessoas o acesso à justiça energética. O consumo massivo e a poluição da água pelas mineradoras também causam preocupação para o cenário climático, já que começamos a encarar um futuro de escassez hídrica. Nós podemos escolher viver sem a extração de muitos materiais produzidos pela mineração, mas não podemos escolher viver sem água.

A cadeia de destruição ecológica e climática causada pela mineração é encorajada por uma economia que coloca o crescimento econômico antes dos direitos das pessoas e trata a Mãe Natureza como se fosse apenas combustível. Mesmo para quem tem trabalha nessa indústria, a situação é horrível. A indústria mineradora é reconhecia pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como o pior setor para se trabalhar, devido aos riscos, abusos e risco de morte.

A população de Mariana não está sozinha na sua luta contra a destruição causada pelas mineradoras. Em todo o mundo, essas empresas estão prometendo progresso e desenvolvimento, enquanto entregam de fato a contaminação das águas e a destruição de vidas. A resistência pacífica e unida tem sido a chave para que os membros da nossa rede se oporem a essa indústria. Nós lutamos para encontrar espaços em que os cidadãos de todo o mundo possam ter voz e vez nos processos de decisão de projetos que afetam suas vidas, suas terras e seu futuro. Nós acreditamos que as comunidades têm o direto de dizer NÃO à mineração em seus territórios e que nós devemos urgentemente buscar a transformação das nossas sociedades, de modo que elas possam fornecer bem-estar às pessoas em harmonia com a Terra, e não a partir da sua destruição.

É por isso que queremos manifestar nosso apoio e expressar nossa solidariedade a suas comunidades, recomendando que os governos escutem suas populações e as envolvam nos processos decisórios, considerando suas terras e seu futuro.

Nós lhes convidamos a estabelecer uma comunicação constante com nossas outras comunidades ao redor do mundo, que também estão lidando com as consequências da mineração, e a fazer parte dessa rede global de solidariedade a reunir comunidades com resistência pacífica. Acreditamos que podemos aprender com vocês, com sua experiência e sua luta. E acreditamos que suas vozes vão ajudar a inspirar outras comunidades pelo mundo a defender seus territórios da mineração e prevenir que desastres ambientais como o de Mariana aconteçam em outras partes do mundo.

Por favor aceitem essa mensagem de solidariedade que lhes enviamos. E saibam que Sim à Vida, Não à Mineração é uma rede global de solidariedade com a qual vocês podem contar, conectando à sua causa milhares de vozes pelo mundo.

Em solidariedade,

Coordenadores Regionais – Sim à Vida, Não à Mineração (América Latina, Ártico, Ásia, África e Europa)

Aliados – Sim à Vida, Não à Mineração

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Estimadas comunidades de la región de Mariana y habitantes ribereños del río Doce,

Les escribimos desde Paris, Francia. Somos un colectivo que hace parte de una Red de Solidaridad Global que se inspiró en el envío de cartas entre comunidades resistiendo a la minería, y afectadas por proyectos extractivos. Nos hemos reunido durante la COP21, la Cumbre Global por el Clima, para decirle al mundo y a los tomadores de decisiones que no queremos la minería en nuestros territorios. Los sucesos recientes en la región de Mariana nos ha tocado mucho, respecto a la ruptura del dique de colas, y queremos hacerles llegar esta carta para expresar nuestra solidaridad, pues nos sentimos identificados con su causa.

Los habitantes de las comunidades de Mariana y a lo largo del Río Doce han sido víctimas de la mayor tragedia ambiental en la historia de Brasil, tal como lo han admitido las autoridades gubernamentales. El desastre amplificó las consecuencias del Cambio Climático, como la crisis del agua, la cual el sur oeste de Brasil ya está enfrentando. Desafortunadamente, algunos aspectos de la situación la hacen aun más compleja y dolorosa; la falta de transparencia de la investigación acerca de las causas del incidente, y las maneras desconocidas en las que las ganancias económica por minería serán aplicadas para restaurar el daño causado a las comunidades. La región de Mariana no está sola en esta lucha contra esta minería devastadora y sus aliados. Alrededor del mundo, hemos encontrado casos en los que estas compañías prometen progreso y desarrollo, y en la mayoría de los casos deja contaminación hídrica y destrucción de la vida.

Además de las tragedias ocurridas en los territorios locales, próximos al distrito minero, estamos siendo testigos de la expansión de estos impactos de una escala local a una escala global, en el estado del Río Doce y la llegada de los residuos tóxicos al Océano Atlántico. Desafortunadamente, no se trata únicamente de la contaminación del agua. La cadena de destrucción también hace parte de una economía de bajo valor agregado. La industria minera es reconocida por la OIT (Organización Internacional del Trabajo) como el peor sector laboral debido a los riesgos, abusos y records de muertes, y, en últimas, genera un escenario poco resiliente en el cual el planeta es aún más vulnerable a las consecuencias del Cambio Climático. Junto con el aumento de la temperatura, el agua es la principal preocupación frente a un clima inestable. Podemos elegir vivir sin algunos de los materiales producidos por la minería extractiva, pero no podemos elegir vivir sin agua.

La unión y la resistencia pacífica han sido claves para nuestros procesos de resistencia, y la autonomía y la búsqueda por una participación activa son la esencia de nuestra lucha. Nos levantamos unidos para buscar espacios en los cuales ciudadanos alrededor del mundo puedan alzar sus voces y participar en la toma de decisiones que los afectarán a ellos, a sus territorios y su futuro.

Por esta razón, queremos manifestar nuestro apoyo y expresar nuestra solidaridad hacia su comunidad, y recomendar a los gobiernos a que escuchen a su gente y los involucren en la toma de decisiones respecto a tu territorio y su futuro. Así mismo, los invitamos a establecer una comunicación constante con otras comunidades alrededor del mundo enfrentándose a la minería, y a que hagan parte de la red global entre comunidades con procesos de resistencia pacífica. Estamos convencidos de que para todos será valioso aprender de su experiencia, y que sus voces ayudarán a inspirar a otras comunidades alrededor del mundo a defender su territorio y evitar desastres ambientales como el que ha vivido Mariana en otras partes del mundo.

Por favor reciban un mensaje de solidaridad lleno de determinación por parte de nosotros, y sepan que Si a la Vida, No a la Minería es una Red de Solidaridad Global con la cual cuentan, uniendo a miles de voces alrededor del mundo a su causa y su lucha.

En solidaridad,

Coordinadores regionales de Si a la Vida, No a la Minería (América Latina, Ártico, Asia, África y Europa)

Aliados globales de Si a la Vida, No a la Minería